A dislexia é uma das mais comuns deficiências de aprendizado. Segundo pesquisas mais de 20% de todas as crianças sofrem de dislexia, o que causa com que elas tenham grande dificuldade ao aprender a ler, escrever e soletrar. É necessário que pais, professores e educadores estejam cientes de que um alto número de crianças sofre de dislexia. As causas da dislexia são neurobiológicas e genéticas. É herdada e portanto, uma criança dislexa têm algum avô, tio, primo ou pai dislexo.
Diferente de outras pessoas que não sofrem de dislexia, disléxicos processam informações em uma área diferente de seu cérebro; não obstante, o cérebro de disléxicos são perfeitamente normais. A dislexia parece resultar de falhas nas conecções cerebrais. Felizmente existem tratamentos para a dislexia.
A sociopsicomotricidade é um método que vem ajudando muito as crianças pois ajuda a trabalhar os dois lados do cérebro. Diferentes partes do cérebro exercem funções específicas. A área esquerda do cérebro está diretamente relacionada à linguagem. Uma criança aprende a ler ao reconhecer e processar fonemas, memorizando as letras e seus sons. Ela passa então a analisar as palavras, dividindo-as em sílabas e fonemas e relacionando as letras a seus respectivos sons. O cérebro do dislexo, devido às falhas nas conecções cerebrais, não funciona desta forma. No processo de leitura, os dislexos recorrem somente à área cerebral que processa fonemas. A conseqüência disto é que dislexos têm dificuldade em diferenciar fonemas de sílabas, pois sua sua região cerebral responsável pela análise de palavras permanece inativa.
A sociopsicomotricidade vem como ajuda, pois trabalha de modo a desenvolver as necessidades que o dislexo precisa. No trabalho terapêutico incluo sessões de corporais muito simples que são exercícios para estimular o cérebro, como: exercícios de trabalho com o lado direito e esquerdo sincronizados. Nunca é tarde para ensinar dislexos a ler e a processar informações com mais eficiência.
Será que seu filho é dislexo?
Verifique alguns dos itens abaixo:
Entre 3 a 6 anos
- ele persiste em falar como bebê?
- freqüentemente pronuncia palavras de forma errada?
- não consegue reconhecer as letras que soletram seu nome?
- leva muito tempo para aprender muitas palavras?
Entre 6 ou 7 anos
- tem dificuldade em dividir palavras em sílabas?
- não consegue ler palavras simples e monossilábicas, tais como "rei" ou "bom"?
- comete erros de leitura que demonstram uma dificuldade em relacionar letras a seus respectivos sons?
entre 7 e 12 anos
- comete erros ao pronunciar palavras longas ou complicadas?
- confunde palavras de sonoridade semelhante?
- pula partes de palavras quando estas têm muitas sílabas?
- escreve de forma confusa?
- não consegue terminar as provas de sala-de-aula?
- sente muito medo de ler em voz alta?
a partir dos 12 anos
- comete erros na pronuncia de palavras longas ou complicadas?
- inverte a ordem das letras?
- tem dificuldade em soletrar palavras?
- evita ler e escrever?
è muito importante recorrer a um profissional especializado para ajudar o dislexo pois só assim ele conseguirá superar suas dificuldades.
Bethsean Picinalli
Pedagoga, Psicopedagoga, Conselheira Familiar, Sociopsicomotricista e Psicanalista